CULTURA AFRICANA (Introdução)

A palavra candomblé é sinônimo de religião africana. Sempre foi
e é usada ainda neste sentido. Isto explica muitas coisas. Vejamos.
O negro foi arrancado de sua terra e vendido como uma
mercadoria, escravizado. Aqui ele chegou escravo, objeto; de sua
terra ele partiu livre, homem. Na viagem, no tráfico, ele perdeu
personalidade, representatividade, mas sua cultura, sua
história, suas paisagens, suas vivências vieram com ele. Estas
sementes, estes conhecimentos encontraram um solo, uma terra
parecida com a África, embora estranhamente povoada. O medo
se impunha, mas a fé, a crença - o que se sabia - exigia ser expresso.
Surgiram os cultos (onilé - confundidos mais tarde com o culto
do Caboclo, uma das primeiras versões do sincretismo), surgiu a
raiva e a necessidade de ser livre. Apareceram os feitiços (ebós), os
quilombos. Os trezentos anos da história da escravidão do
negro no Brasil, atestam acima de tudo, a resistência, a
organização dos negros. A cultura africana sobreviveu para o
negro através de sua crença e de sua religião.

terça-feira, 4 de maio de 2010

ORIXA XANGÕ AFRICANO

Divindade do fogo e do trovão e da justiça. Rei de Oyó. Tem grande importância nos segmentos do candomblé com origem em terras Yorubá, importância esta representada pelo seu instrumento sagrado chamado Xére - que é tratado e visto com grande respeito por qualquer aborixá (adorador de orixá). XANGÔ é um Orixá temido e respeitado, é viril e violento, porém justiceiro, e muito vaidoso. Xangô era muito atrevido e violento, porém, grande justiceiro, sempre castigando os ladrões e malfeitores. Por este motivo diz-se que quem teve morte por raio, ou sua casa, ou negócio queimado pelo fogo, foi vítima da ira ou cólera de Xangô. Seu símbolo principal é a machada de dois gumes ou dupla (Oxê)

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